À poeta Ymah Théres

Ah, Ymah, quanto nos foi dorido o infortúnio que a atingiu, nos dias subseqüentes ao seu aniversário, quando envolta na profusão dos cumprimentos, colhia os frutos da amizade que ntão bem soube amealhar.

Quantas identificações constatadas, com gáudio, ao celebrarmos a comunhão de nossos ideais literários.

Como a admiramos pela tenácia, ao enfrentar as limitações, apenas com o antídoto da poesia.

Quanto nos encantamos com a sutil habilidade de poeta, ao converter a tristeza, em néctar, recolhido em seus poemas, muita vez ressonantes em incontáveis corações, assolados por semelhantes desconfortos.

A sucessão das décadas conduziram-na à laboração da temática amarga__ fel, no cálice da exitência, como a prenunciar uma intimidade com a tragédia.

Como a louvamos pelos amoráveis gestos, ao depositar flores da gratidão no pedestal, onde entronizou o pai amado__ prestimoso acólito, nas horas díspares da existência.

Como a admiramos na disposição de transcender as imposições do destino e acolher-se na essência, onde buscava o substrato para um plantio no sedoso canteiro da poesia!

Confiamos que sua semeadura possa frutificar, estendendo as ramagens do bem e ser relembrado paradigma com o timbre de quem soube conciliar-se com o possível, em acatamento aos desígnios do Criador.

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